sábado, 16 de abril de 2011

Caseirices...

Ora, venha, entre!! Esta casa sempre será tua! Este telhado é velho e usado, mas sempre será tua morada! Não te acanhe, são poucos os que conseguem essa façanha, eu realmente não posso tudo. Eu menti! Eu omiti! Desculpe-me se o egoísmo tomou-me por inteira. Alguns estiveram sempre certos. Nós sempre o negamos! Agora eu o admito! Eu o conjugo em todos os tempos se preciso for: ele fora pretérito mais que perfeito... foi passado, é presente, e será futuro se você assim quiser! Café quentinho da tarde, cafuné ao meio da noite, carinhos nos intervalos dos instantes, dê-me uma fermata e farei um novo compasso, dê-me uma chance e te mostrarei como ser feliz... Usado? Sim está usado... Não te serve? Vamos criar um novo... Só nosso... Venha para casa! Vamos à feira aos domingos, e eu te comprarei uma cocada com sabor casa de vó... Segurarei tua mão ao andar pela praça nas tardes de sábado, e dar-te-ei um beijo de bom dia na segunda... Traga o sol, transformarei esta água salgada em chuvas de verão... Venha, deixe este medo pela porta afora... Esqueça estes detalhes e mal entendidos... Esqueça que o tempo não quis... Basta apenas tu sentires que está aqui... eu estarei aí... Contando-te histórias para adormecer-te... Aconchegue-te aqui neste colo, como outrora fizeste, amassando o meu vestido branco... Não me recordo era maio ou junho? Sei que era primavera de mim...

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