quarta-feira, 2 de abril de 2008

Não estou aqui para ser elogiada, muito menos para ser mal compreendida... mas cansei de apenas assistir o que acontece... Essa forma infantil de agir como dar importâncias a picuinhas e coisas pequenas que somente uma criança brigaria ou faria questão de verem seus caprichos atendidos...
Concordo com a idéia de que todos têm os seus problemas.. todos têm os seus traumas... a sua individualidade... os seus monstrinhos guardados dentro da alma...
No entanto nessa visão egoística que temos da vida, de virarmos as costas para o próximo por pura falta de companheirismo e amor...
É muito fácil virar as costas a um mendigo.. porque ele fede... é muito fácil ser condizente com alguém que passa fome... pois dizemos que isso é o que ele merece... muito mais fácil ainda é virar as costas para o nosso próximo mais próximo..
Acredito que no meio de tantas coisas acontecendo no mundo... eu digo no mundo... porque seria pequeno demais pensar em nossas vidas... esquecemos o valor da palavra família... da palavra amor...
Por coisas que aconteceram no passado.. ficamos chateados... amargurados durante uma vida inteira... lá se vão os anos... lá se vão as alegrias... lá se vão as vivências... tudo isso por nada... a não ser cada um na sua vida... cada um solitário na sua vida...
E o que é mais ruim... é pensar que a distância física... e as despesas.. justificam a não comunicação... o colo não dado... o que nos distancia hoje é a distância ficta que nós mesmos fomos responsáveis de criar... e eu pergunto: Para quê?? E respondo... para nada... somente para criar mais raiva... mais rancor... mais ódio... sentimentos que não são derivados da instituição da família..
O que mais me deixa triste hoje... é que eu sou da forma que sou... eu me dôo... eu me entrego.. em qualquer tipo de relação... sem reservas... e simplesmente sem querer sempre sofro... como devo agir então? Com individualidade... com desconfiança.. com as pessoas que amo?? As pessoas que eu amo!? A vida hoje esta me pedindo para mudar... tento ouvir a minha mãe... mas eu não consigo... mudar para mim dói demais... e eu não quero... porque se acontecer estarei morta..
Tenho os meus defeitos... claro... todos têm... não existem pessoas perfeitas... mas quando amamos... compreendemos tais defeitos... e aprendemos a aceita-los...
Não estou aqui para dar sermão... até pela diferença de idade... só que tentem entender... tenho 22 anos... estou vendo tudo acontecer... tudo desmoronar... mas eu tenho uma vida inteira ainda pela frente... e serei a responsável como irei vive-la... diferentemente de todos vocês..
Não é o fato material que pesa hoje na nossa vida... o fato de perder bens... moto... casa... dívidas... é simplesmente estarmos passando por tudo isso aqui... aqui... totalmente sozinhos... e quando ligamos... quando mandamos uma mensagem... a forma como somos recebidos...
A vida aqui é curta... a vida é efêmera... e eu estou cansada... muito cansada.... isso aqui é um apelo...

Eu sempre continuarei amando vocês...

Com carinho...
-Das cartas aos meus -

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