sexta-feira, 7 de março de 2008

"(...) É preciso correr riscos (...) Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.
Todos os dias Deus nos dá - junto com o sol - um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã. Mas quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Este momento existe - um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres (...) Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para trás - vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? (...)"

"(...) Às vezes somos possuídos por uma sensação de tristeza que não conseguimos controlar. Percebemos que o instante mágico daquele dia passou, e nada fizemos. Então a vida esconde sua magia e a sua arte. Temos de escutar a criança que fomos um dia, e que ainda existe dentro de nós. Esta criança entende de instantes mágicos. Podemos sufocar seu pranto, mas não calar a sua voz. (...) Vamos permirtir que ela tome um pouco as rédeas de nossa existência. Esta criança sabe que um dia é diferente do outro. Vamos fazer com que se sinta de novo amada. Vamos agrada-la - mesmo que signifique agir de maneira a que não estamos acostumados, mesmo que pareça tolice aos olhos dos outros. Se não perdemos o contato com esta criança, não perderemos o contato com a vida. (...)

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