sexta-feira, 14 de março de 2008


Antônio Frederico de Castro Alves (Muritiba, 14 de março de 1847Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro, nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, Estado da Bahia. Suas poesias são marcadas pela crítica à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". (...)
Em 1863 a atriz portuguesa Eugênia Câmara se apresentou no Teatro Santa Isabel. Influência decisiva em sua vida exerceria a atriz, vinda ao Brasil com Furtado Coelho. No dia 17 de maio, Castro Alves publicou no primeiro número de «A Primavera» seu primeiro poema contra a escravidão: «A canção do africano». A tuberculose se manifestou e em 1863 teve uma primeira hemoptise. (...)
Em janeiro de 1868, embarcou com Eugênia Câmara para o Rio, sendo recebido por José de Alencar e visitado por Machado de Assis. A imprensa publica troca de cartas entre ambos, com grandes elogios ao poeta. Em março, viajou com Eugênia para São Paulo. Decidira ali - na Faculdade de Direito de São Paulo - continuar seus estudos, e se matriculou no 3º ano do curso de Direito. (...)
Desfaz-se em 1868 sua ligação com Eugênia Câmara. Castro Alves foi aprovado nos exames da faculdade de Direito e a 11 de novembro - tragédia de grandes consequências - se feriu no pé, durante uma caçada. Tuberculoso, aventara uma estadia na cidade de Caetité, onde moravam seus tios e morrera o avô materno (o Major Silva Castro, herói da Independência da Bahia), dois grandes amigos (Otaviano Xavier Cotrim e Plínio de Lima), de clima salutar. Na fazenda paterna, resolveu realizar uma caçada e feriu o pé com um tiro. Disso resultou longa enfermidade, cirurgias, chegando ao Rio no começo de 1869, para salvar a vida, mas com o martírio de uma amputação. (...)
Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador. Ainda leria, em outubro, «A cachoeira de Paulo Afonso» para um grupo de amigos, e lançou «Espumas flutuantes». Mas pouco durou.
Sua última aparição em púbico foi em 10 de fevereiro de 1871 numa récita beneficente. Morreu às três e meia da tarde, no solar da família no Sodré,
Salvador, Bahia, em 6 de Julho de 1871
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