segunda-feira, 10 de março de 2008

"Que medo alegre, o de te esperar"




Aqueles que me conhecem, sabem que sou uma pessoa muito esotérica, por vezes sigo a risca o que dizem os astros... "se palavras são de prata, seu silêncio será ouro"...


Portanto nada direi durante estes dias que se seguem... e assim sentindo Lispector ... apenas sentindo, pois tentar entendê-la estragaria tudo... "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa" Sei que não alterará nada... mas sei que no fundo não estou querendo alterar as coisas apenas estou "querendo desabrochar de um modo ou de outro"...


Acredito no tempo... e na cura que ele proporcionará aos meus dias... mesmo diante de tudo que se passa... mesmo parecendo não estar lutando por algo que sempre acreditei e defendi... acredito estar fazendo o que posso... além do que o que mais poderia fazer a não ser ceder-me ao silêncio e ao tempo... é tudo o que agora eu poderia suportar... e não adianta... nada do que eu disser... alterará os fatos... nada mudará o destino, não ao qual estamos condenados, pois não acredito em condenação, mas atrelados... em consequências de nossos atos...


Eu simplesmente não sei o que colherei no futuro... poderia sentir agonia, medo ou mesmo arrependimento por aquilo que deixei de conquistar... ou sofreria horrores por aquilo que conquistei a ferro e fogo e que talvez por novas desventuras em série e atitudes de alheios... cruelmente perder... tudo aquilo que novamente apostei ser diferente...


Ando movida por um sentimento de ódio ao mesmo tempo ufanista... amo e odeio... no momento odeio... mas ainda amando...


E "a gente escreve como quem ama" não é?


Faço as palavras da poeta as minhas...


"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira"


Só estou cansada...



-Das bobagens que sempre pensei -

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